A polinização tem um papel muito importante para a agricultura, uma vez que ela é responsável por promover processos de fecundação das plantas. A transferência do pólen acontece de maneiras variadas e depende de diversos fatores para o seu sucesso — incluindo a fauna e o clima.
Por isso, você que lida com o agro precisa conhecer detalhes sobre essa atividade tão importante para o sucesso das lavouras. Neste conteúdo, você entenderá o conceito, tipos, elementos influenciadores, além de boas práticas para potencializar o procedimento no campo.
Então, continue a sua leitura e saiba mais sobre a polinização e seus impactos sobre o agronegócio!
A polinização é o processo natural ou induzido que possibilita a reprodução das plantas. Ela acontece quando os grãos de pólen, produzidos na parte masculina da flor (anteras), são transferidos para a parte feminina (estigma).
O contato do pólen saído da antera e levado para o estigma possibilita a fecundação, levando à formação de frutos e sementes.
O transporte pode ocorrer de diferentes formas. Em alguns casos, o vento e a água fazem essa transferência. Já em outras situações, insetos, aves e até mesmo pequenos mamíferos atuam como polinizadores, carregando o pólen de uma flor para outra.
O processo é essencial para a manutenção da biodiversidade e para a produtividade agrícola. Sem ele, muitas espécies vegetais não conseguiriam se reproduzir de maneira eficiente, comprometendo a produção de alimentos e o equilíbrio dos ecossistemas no mundo.
Vimos que a transferência de pólen da flor possibilita a formação de sementes e frutos. No agronegócio, saber como as plantas são polinizadas o ajudará a buscar práticas que aumentem a eficiência do plantio e melhorem a produtividade.
A seguir, você conhecerá os três principais tipos e seus impactos na lavoura.
A autopolinização acontece quando o pólen é transferido para o estigma da mesma flor ou de outra flor da mesma planta. O processo pode ser espontâneo ou facilitado pelo vento e movimentos da planta.
Culturas como trigo, cevada e arroz dependem desse mecanismo para uma reprodução eficiente, sem precisar de polinizadores.
Apesar da previsibilidade desse tipo, a baixa variabilidade genética pode tornar as plantas mais vulneráveis a doenças e mudanças climáticas.
Para produtores, selecionar variedades com boa autopolinização ajuda a manter a produtividade e a qualidade da colheita, reduzindo riscos e melhorando a estabilidade na produção.
Já na polinização cruzada, o pólen de uma planta fertiliza outra da mesma espécie, promovendo maior diversidade genética. O processo ocorre naturalmente pelo vento, insetos, aves e outros agentes polinizadores.
Culturas como milho, girassol e frutíferas dependem desse tipo de polinização para melhorar a produtividade e qualidade dos grãos.
Aqui vale uma observação especial: investir na preservação de polinizadores e boas práticas agrícolas podem aumentar a eficiência da polinização indireta.
Por fim, esse tipo é conduzido manualmente ou com equipamentos para fazer fecundação das flores. Ele é aplicado em cultivos onde a polinização natural é limitada — como produção de sementes híbridas e fruticultura.
Culturas como tomate e maracujá usam o método para melhorar a uniformidade e produtividade da produção. Em estufas, a polinização manual substitui a ação de insetos ausentes no ambiente controlado.
A técnica é capaz de otimizar colheitas e reduzir riscos para o agronegócio, buscando melhores resultados para a lavoura quando os polinizadores naturais são poucos.
Sem a transferência natural ou artificial do pólen, muitas culturas teriam sua produção reduzida. E isso afetaria a rentabilidade dos produtores, além de impactar a oferta de alimentos.
A polinização cruzada, por exemplo, pode melhorar a qualidade dos frutos e sementes, além de ampliar a variabilidade genética. A afirmação é do Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil.
O mesmo estudo feito pela Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador (REBIPP) indica que esse processo torna “os cultivos mais resistentes a pragas e patógenos”. Conheça outros fatores que tornam a polinização essencial para a agricultura:
Dessa forma, investir em ações que favorecem a polinização pode impactar a qualidade das culturas e a produtividade das lavouras.
Vimos que a transferência do pólen impacta diversos fatores da produção agrícola. De acordo com a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A), os efeitos vão além. Ela afirma que a polinização interfere:
Todos esses benefícios com a adequada transferência do pólen podem contribuir para melhorar a eficiência do uso da terra. Além disso, a redução de perdas na colheita protege os ganhos do agricultor.
Agora que você conhece os proveitos para a agricultura, vamos entender com mais detalhes como o milho, soja e trigo são polinizados. Acompanhe!
A polinização do milho é feita pelo vento, como já mencionamos. O processo é chamado anemofilia. O pendão, localizado no topo da planta, libera milhões de grãos de pólen que são transportados pelo ar até os estilos-estigmas (“cabelo”) das espigas em formação.
Para que a fecundação aconteça com sucesso, é essencial que haja sincronia entre a liberação do pólen e a receptividade dos estilos. Isso promoverá o desenvolvimento uniforme dos grãos.
Fatores como tempo, densidade de plantio e nutrição da lavoura influenciam diretamente a polinização do milho. Chuvas excessivas, altas temperaturas e ventos muito fortes podem comprometer a fixação do pólen, reduzindo a produtividade.
Por isso, é imprescindível acompanhar as informações sobre o tempo a fim de evitar perdas devido a questões climáticas. Com o Biond Análises, você tem acesso a previsões do clima no Brasil, América do Sul e Estados Unidos diretamente no seu WhatsApp.
Já o processo de transferência do pólen da soja ocorre predominantemente por autopolinização. Relembrando: o próprio pólen da flor fecunda o óvulo da mesma planta.
De acordo com o livro Soja e Abelhas, de Decio Luiz Gazzoni, em parceria com a Embrapa, “A soja é considerada uma planta autógama, cleistogâmica e autopolinizável. Na maioria das flores de soja, quando ocorre a sua abertura, já ocorreu a autofecundação”.
Trazendo isso para a nossa realidade, podemos dizer que a soja se poliniza sozinha e as suas flores já estão fecundadas antes mesmo de se abrirem. Quando a flor se abre, suas estruturas dificultam a chegada de pólen externo.
Ainda segundo a publicação, justamente por essa característica, a polinização cruzada é rara. Ela acontece em cerca de 2% dos casos e é feita principalmente por insetos, como as abelhas.
Embora a soja não dependa diretamente de insetos para a polinização, estudos indicam que a presença de abelhas pode favorecer o pegamento das vagens e melhorar a uniformidade da produção.
Este grão também é caracterizado por sua autopolinização. As flores do trigo têm órgãos masculinos e femininos na mesma planta — o que favorece a fecundação sem a necessidade de agentes externos.
Como você deve ter percebido, alguns elementos no ecossistema impactam a transferência do pólen. Entendê-los o ajudará a criar estratégias para reduzir possíveis efeitos negativos sobre a lavoura. Veja quais são esses fatores!
As condições climáticas são um dos aspectos que mais afetam a polinização das culturas, de modo geral. Alterações importantes na temperatura, no comportamento das chuvas, na umidade e no vento podem prejudicar a abertura das flores e a dispersão do pólen.
A perda de habitat e o uso de pesticidas têm reduzido a população de insetos imprescindíveis para a polinização. Ainda segundo A.B.E.L.H.A, mudanças no clima têm impactado a interação entre as plantas e os polinizadores — o que afeta o processo.
Além disso, o desmatamento, a fragmentação da paisagem e a perda de áreas nativas associados a modificações no uso da terra estão gerando uma complexa cadeia de desequilíbrios. Esse cenário ameaça a biodiversidade e a produção de alimentos, como afirma a associação.
O distanciamento correto entre as plantas favorece o recebimento suficiente de pólen pelas flores. Quando as plantas estão muito próximas, pode ocorrer competição pela substância — o que resulta em uma polinização inadequada.
A rotação de culturas e o controle de doenças podem ser alternativas para melhorar a eficiência da transferência de pólens e da produção agrícola.
Diante da sua importância, é necessário pensar em maneiras para facilitar o processo em sua propriedade. Certas ações podem ser bastante úteis para otimizar a polinização; confira!
A introdução de colônias de abelhas em áreas agrícolas favorece a polinização cruzada e melhora a formação de grãos em culturas como soja, milho e algodão. Para o sucesso dessa prática, é importante criar um ambiente favorável aos polinizadores, com a preservação de áreas naturais e a redução do uso de pesticidas.
Algumas variedades de plantas são mais compatíveis com o ambiente e apresentam maior capacidade de atrair polinizadores ou realizar a autopolinização. Assim, escolher plantas que florescem ao mesmo tempo e resistem melhor ao clima pode aumentar as chances de sucesso.
O cuidado adequado com as lavouras é uma das principais estratégias para melhorar a polinização. Espaçamento correto entre as plantas, o controle de pragas e doenças e uso de fertilizantes e irrigação adequados, contribui para o bom desenvolvimento das plantas.
Ao longo deste conteúdo, você conferiu diversas informações sobre a transferência de pólen nas plantas. Vamos relembrar os principais tópicos?
Vimos, ainda, que o clima pode ter impactos significativos sobre a polinização. Por isso, reforçamos a ideia de que acompanhar as previsões climáticas é fundamental para o agro.
Além de outros benefícios (como otimização do manejo agrícola), esse monitoramento é útil para melhorar as práticas da lavoura relacionadas à transferência de pólen.
Neste contexto, você pode se perguntar: como ter acesso a informações que realmente sejam interessantes para o seu tipo de cultura?
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